27/12/2012

CÃES SABEM SE O DONO FAZ!

CÃES SABEM SE O DONO FAZ

Os cheiros e sabores são coisas tão importantes para eles quanto a visão ou a comunicação verbal para os humanos. 

Assim, quando um dono volta da rua cheio de novos cheiros e sabores, seja da mão daquele colega de trabalho que cumprimentou ou da sujidade do banco do metro em que se sentou, está a oferecer ao seu cão um festival de sensações.

Se o seu cão quer saber por onde você andou, isso significa, claro, que ele vê algo de especial em si. Mas eles também gostam de cheirar e lamber os desconhecidos.

"Saber do papel do odor para eles mudou a minha forma de pensar sobre a maneira alegre com que a minha cadela cumprimentava um visitante, indo diretamente à região genital dele", diz Alexandra Horowitz, da Universidade Columbia (EUA).

As regiões genitais, assim como a boca e os axilas, produzem muitos odores -por isso, ensinamos logo às crianças a importância de lavá-las bem. Estando a boca e as axilas geralmente mais distantes do cão, não é difícil imaginar que área ele vai atacar.

Não deixar que um cão cheire um visitante equivale, entre humanos, a pôr uma venda antes de abrir a porta a um estranho.

Para um cão, cada pessoa tem um cheiro inconfundível, o que faz com que eles nos identifiquem pelo odor. Os humanos conseguem usar o nariz para saber, por exemplo, se alguém fumou, mas cães vão muito além.

Eles podem saber se fez sexo, e até saber quem e quantas pessoas estavam presentes. Ao aproximarem-se da sua boca, conseguem identificar o que você comeu.

Mais do que isso, os cães sentem o cheiro de medo.

Por isso, alerta-se as crianças para nunca mostrarem medo diante de um cão estranho.

Quando estamos assustados, suamos, e o odor do nosso corpo transmite o medo. Além disso, a adrenalina para nós é inodora, mas não para os bichos de faro aguçado.

O olfato dos animais é tão bom que os cientistas querem utilizá-los na medicina.

Um estudo treinou cães para reconhecer a urina de pacientes com cancro. Os cientistas “assustaram-se”. Os cães aprenderam a "diagnosticar" a doença: só erraram 14 vezes em 1.272 tentativas.

Não se sabe concretamente quais as substâncias que eles aprenderam a reconhecer, mas alguns cientistas propõem "cães doutores" – pelos estudos feitos, eles acertam mais que muitos médicos.


06/12/2012

ATENÇÃO ÀS GLÂNDULAS ANAIS DO SEU CÃO

Muitas vezes confundimos, erradamente, o fato do animal esfregar o rabo no chão com um sintoma de par
asitas intestinais. Pode parecer apenas uma comichão ou irritação, mas à medida em que o animal começa a ficar impaciente com esse "formigueiro", é altura de ficar atento a uma inflamação comum nessa região.

Localizados na região do ânus, os sacos anais são duas bolsas que acolhem um par de glândulas. Essas glândulas são responsáveis pela produção de um líquido de cor castanha, muito malcheiroso, cuja função principal é marcar território. Isto é, os animais se identificam
através desse cheiro.

A drenagem desse líquido é natural e ocorre durante a passagem das fezes. No entanto, essas glândulas podem inflamar, levando o animal a um enorme desconforto para defecar.

O animal sente-se incomodado e, por esse motivo, esfrega o ânus no chão, lambe ou tenta morder a região. O processo pode evoluir para uma infecção e formação de fístulas (aberturas na pele por onde o líquido - pus, secreção e sangue - irão sair).

Atenção que estas glândulas existem tanto no macho como na fêmea.

Doenças dos “Sacos Anais”:

1 – Retenção das secreções dos Sacos Anais devido à sua solidificação;
2 – Crescimento bacteriano nas secreções dos Sacos Anais tornando-as amareladas ou com pus e sangue.
3 – Formação de Abcesso: ocorre secundariamente à retenção e infecção, podendo originar ruptura libertando pus e sangue.

Factores de risco:

* Dietas muito ricas em gordura;
* Fezes moles crónicas;
* Episódio de diarreia recente;
* Hiper secreção glandular;
* Disfunção do esfíncter (músculo que fecha a cavidade) anal externo;
* Animais com parasitas.

Sintomas:

* Defecação dolorosa e prolongada;
* Prurido perineal (região do ânus);
* Dor e desconforto quando sentados;
* Animais cheiram/ lambem a zona perineal excessivamente;
* Corrimento sangrento e com cheiro desagradável na zona perineal.

A frequência com que os sacos anais devem ser esvaziados, varia de animal para animal. A melhor opção é deixar que seja o próprio animal a alertar-nos quando os sacos estão cheios, através da manifestação dos sinais que referimos.

Aproveite por exemplo a altura em que leva o seu "cãozinho" ao veterinário para dar o reforço anual das vacinas, e peça-lhe que proceda à limpeza (desobstrução) destas glândulas.