CÃES SABEM SE O DONO FAZ
Os cheiros e sabores são coisas tão importantes para eles quanto a visão ou a comunicação verbal para os humanos.
Assim, quando um dono volta da rua cheio de novos cheiros e sabores, seja da mão daquele colega de trabalho que cumprimentou ou da sujidade do banco do metro em que se sentou, está a oferecer ao seu cão um festival de sensações.
Se o seu cão quer saber por onde você andou, isso significa, claro, que ele vê algo de especial em si. Mas eles também gostam de cheirar e lamber os desconhecidos.
"Saber do papel do odor para eles mudou a minha forma de pensar sobre a maneira alegre com que a minha cadela cumprimentava um visitante, indo diretamente à região genital dele", diz Alexandra Horowitz, da Universidade Columbia (EUA).
As regiões genitais, assim como a boca e os axilas, produzem muitos odores -por isso, ensinamos logo às crianças a importância de lavá-las bem. Estando a boca e as axilas geralmente mais distantes do cão, não é difícil imaginar que área ele vai atacar.
Não deixar que um cão cheire um visitante equivale, entre humanos, a pôr uma venda antes de abrir a porta a um estranho.
Para um cão, cada pessoa tem um cheiro inconfundível, o que faz com que eles nos identifiquem pelo odor. Os humanos conseguem usar o nariz para saber, por exemplo, se alguém fumou, mas cães vão muito além.
Eles podem saber se fez sexo, e até saber quem e quantas pessoas estavam presentes. Ao aproximarem-se da sua boca, conseguem identificar o que você comeu.
Mais do que isso, os cães sentem o cheiro de medo.
Por isso, alerta-se as crianças para nunca mostrarem medo diante de um cão estranho.
Quando estamos assustados, suamos, e o odor do nosso corpo transmite o medo. Além disso, a adrenalina para nós é inodora, mas não para os bichos de faro aguçado.
O olfato dos animais é tão bom que os cientistas querem utilizá-los na medicina.
Um estudo treinou cães para reconhecer a urina de pacientes com cancro. Os cientistas “assustaram-se”. Os cães aprenderam a "diagnosticar" a doença: só erraram 14 vezes em 1.272 tentativas.
Não se sabe concretamente quais as substâncias que eles aprenderam a reconhecer, mas alguns cientistas propõem "cães doutores" – pelos estudos feitos, eles acertam mais que muitos médicos.
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